quarta-feira, 23 de maio de 2018

Para acabar com o Kurfürst Friedrich

Descobri a tradução, suponho que feita por mim, pelo menos manuscrita com a minha letra, da canção que cantávamos no Curso de Férias da Badische em 1962. Não adianta muito sobre tudo o que já foi dito a propósito desta canção, mas para mim ainda é um documento.

Kurfürst Friedrich – Tradução de 1962

Raivoso revolvia-se um dia na cama
o príncipe (eleitor) Federico do Palatinado;
contra toda a etiqueta, berrou ele com toda a força:
"Como entrei eu ontem na cama?
estive, parece, outra vez borracho!"

 “Ora, um pouco carregado e de esguelha,”
sorriu ironicamente o criado de quarto mouro,
“Mesmo o bispo da benção de Mogúncia
veio junto de mim emborrachado;
foi pois então uma bela festa:
todos outra vez borrachos!”

“Então tu achas que é caso para rir?
alma de escravo, ri pois!
de futuro farei eu de outro modo,
Hassan, ouve o meu juramento:
a última vez, pela fome e pela peste,
seja que eu tivesse estado borracho!

Quero levar uma vida cristã,
inteiramente me dedicarei à contemplação;
e para controlar os meus actos,
registarei num diário,
e espero que vocês não leiam
que eu tenha estado outra vez borracho!”

Quando o príncipe estava a morrer
fez o seu testamento,
e os seus herdeiros encontraram
também um livro em pergaminho.
Dentro estava em todas as páginas:
“Sede razoáveis, querida gente,
Aqui atesto eu:
Hoje estive outra vez borracho!

Daqui podem agora todos ver,
quanto um bom propósito é útil,
e até onde também resiste,
quando o copo cheio reluz?
Brindo por todos os presentes! Probatum est:
Hoje estive outra vez borracho!”

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